CENTRO DE REABILITAÇÃO ANIMAL
HORÁRIO
2ª a 6ª-feira
› 10h › 13h | 14.30h › 19h
Sábados › 10h › 13h
CONTACTOS
22 321 81 21
910 859 233
cvoliveiras@gmail.com
O Centro de Reabilitação Oliveiras dispõe de um serviço especializado para o diagnóstico e tratamento da dor. Somos já uma referência nesta área, o que resulta de um investimento claro na formação da nossa equipa assim como na promoção de ações de formação junto da classe médico veterinária e de enfermeiros veterinários e de ações de sensibilização junto de tutores / cuidadores.
Consideramos que uma existência sem dor é um direito que assiste a qualquer animal, seja qual for a origem, duração ou complexidade da dor. Posto isto, o diagnóstico precoce é então o primeiro passo para uma abordagem terapêutica eficaz e duradoura.
Pode requerer uma consulta de dor através de um agendamento prévio, no horário de funcionamento do centro. Se possuir exames complementares que possam documentar a condição clínica atual do seu animal, deverá fazer-se acompanhar dos mesmos. Se possível, solicite ao seu médico veterinário assistente que nos encaminhe por email um resumo clínico que contextualize a atual condição do seu animal.
Pela complexidade envolvida no diagnóstico e tratamento da dor poderemos posteriormente solicitar ou recomendar a realização de mais provas auxiliares e complementares de diagnóstico.
O que é a Dor?
De acordo com a definição da International Association for the Study of Pain (IASP), a Dor é uma sensação desagradável resultante da perceção consciente de um estímulo nocivo ou potencialmente nocivo, desencadeando nos animais e humanos, um conjunto de mecanismos fisiológicos e respostas, sejam elas motoras ou comportamentais, no sentido de limitar o dano ou prevenir lesões futuras. Com a evolução da ciência relativamente ao estudo da dor, e porque esta definição não define inteiramente o que é a Dor Crónica, começa a ser mais consensual a definição de que a Dor é “tudo o que o paciente diz ser Dor”.
Em termos gerais a dor pode ser classificada como sendo Aguda ou Crónica (que passaremos a definir a seguir), mas também pode ser classificada de acordo com o local de origem: miofascial, visceral, bucodentária, ocular, cutânea, auricular, génito-urinária, osteoarticular, óssea e oncológica. Dependendo do local de origem, a dor pode ter diferentes intensidades (dor ocular, visceral, óssea ou oncológica são geralmente dores muito intensas e severas) e ser mais ou menos fácil na discriminação quanto à sua localização (dor dentária, cutânea, auricular – são dores de elevada capacidade discriminativa; já a dor miofascial e visceral são dores de difícil localização).
Classificação da dor: Dor Aguda (fisiológica ou nociceptiva) vs Dor Crónica (patológica)
A Dor Aguda, também designada por adaptativa ou nociceptiva, é um processo fisiológico pois serve um propósito de alerta e de proteção do indivíduo. Sem essa perceção não é possível ao indivíduo identificar fatores agressivos ou nocivos, o que contribuiria para que a agressão perdurasse no tempo. Como exemplo, imaginemos o que acontece quando temos uma pedra dentro de um sapato: quando sentimos essa pedra limitamos o apoio do pé até sermos capazes de retirar o sapato e eliminar esse agente nocivo. Neste processo, e se a pedra for removida a tempo de prevenir danos maiores, a sua remoção contribui rapidamente para a resolução da dor. Neste exemplo, a dor gerada pelo estímulo mecânico agressor da pedra serviu um propósito claro – o de sinalizar o dano e desencadear respostas com vista à remoção deste estímulo. Na natureza, a perceção da dor é igualmente um sinal de alerta que leva os animais a adquirir instintos de proteção e formas de limitação e progressão da agressão. Uma vez resolvidos os mecanismos que desencadearam a nocicepção, não há lugar à “memória neurológica da dor” e, como tal, a perceção da dor desaparece com o desaparecimento do agente agressor. Com a aprendizagem de relações causa-efeito, os indivíduos aprendem assim a evitar situações que relacionaram ser nocivas para a sua integridade e bem-estar. Este processo cognitivo é fundamental para a proteção e preservação futura do indivíduo e considera-se que existe um processo de Dor Crónica quando esta resulta de mecanismos de “memória neurológica da dor”. Esta memória refere-se na verdade a alterações plásticas do sistema nervoso de onde resulta, entre várias alterações, o recrutamento de neurónios para a transmissão da dor, num fenómeno conhecido por amplificação da dor. Este recrutamento, culmina assim em alterações na perceção da dor, conhecidas por hiperalgesia e alodínia (sensação de dor a estímulos mecânicos ou térmicos não dolorosos), mas também sensação de “picada” ou de “choque elétrico”, estas últimas muito características de lesões originadas no sistema nervoso. A dor referida à distância pode também ser um sinal de dor patológica – neste caso em concreto, o animal manifesta a sensação dolorosa através de lambedura crónica de uma determinada região corporal, normalmente extremidades distais (Lambedura Acral).
Se anteriormente se considerava que a Dor crónica era uma extensão temporal (mais de 6 meses) da dor aguda , hoje sabe-se então que os mecanismos de desenvolvimento da Dor crónica são muito mais complexos. Desta forma, ainda que se utilize o termo “Dor Crónica”, o termo mais correto deveria ser dor patológica, já que neste processo a dor deixa de servir o propósito exclusivo de sinalizar uma agressão, como passa ela mesma a ser também um mecanismo de doença em si.
No centro de reabilitação Oliveiras, atuamos essencialmente no âmbito da:
Este tipo de dor, está frequentemente presente em
No entanto, qualquer animal, pode, em algum momento da sua vida, encontrar-se num estado de dor com maior ou menor implicação clínica.
As consequências da dor são geralmente:
Como posso reconhecer dor no meu animal?
Pela incapacidade de verbalização por parte dos animais, pode ser difícil não só identificar a presença da dor, como também quantificar o seu grau e intensidade. Nos cães e nos gatos, as manifestações de dor são muitas vezes dependentes da espécie e das patologias que mais afetam cada uma delas.
No caso dos cães, deve procurar ajuda profissional especializada se o seu animal:
No caso dos gatos, os sinais podem ser bastante subtis e só serem detetados em estadios mais avançados de dor. Deve prestar atenção às alterações nas suas rotinas de higiene (deixam de ser capazes de realizar a sua higiene, demonstrando um pelo sem brilho e apresentando regiões de acúmulo/nós de pelos) e nos seus comportamentos de micção e defecação (fezes e urina fora do local habitual). Alterações no comportamento do gato relativamente à reação ao toque numa determinada região do corpo podem igualmente ser sinais de alarme – por exemplo, um gato que solicita festas mas que reage com agressividade quando lhe afaga uma região particular do corpo pode estar a demonstrar sinais de dor. Outro sinal de alerta está na incapacidade total ou parcial de concretização de salto para cima de prateleiras, móveis, janelas, etc. Nos gatos os comportamentos de claudicação são raros e refletem geralmente processos mais severos em termos de dor.
Diagnóstico da dor
No centro de Reabilitação Oliveiras estamos aptos a fazer o reconhecimento da dor e a dar seguimento ao processo de investigação quanto à sua origem.
Utilizamos, para o efeito, uma metodologia diagnóstica que assenta na técnica de “triangulação da Dor “ que consiste em recolher aspetos relevantes da história clínica (anamnese) e relacioná-los tanto com alterações de rotinas/comportamentos, como com os achados da avaliação física (que inclui exame de estado geral, exame miofascial, avaliação ortopédica e neurológica).
Uma vez identificada e quantificada a dor, damos início ao processo de desconstrução da matriz da dor, onde identificamos os seus componentes (sensorial, emocional, cognitivo e motor) e damos início a uma estratégia terapêutica multimodal.
Tratamento da Dor - Porquê uma estratégia multimodal?
Antes de mais, a estratégia para um correto tratamento da dor deve passar pela resolução das causas subjacentes e dos seus fatores perpectuantes. No entanto, sobretudo em processos de dor crónica, nem sempre é possível identificar ou eliminar o elemento etiológico primário (isto é, no exemplo de uma doença osteoarticular degenerativa, salvo raras exceções, não é possível abolir a articulação degenerada), pelo que nestes processos, a abordagem multimodal é ainda mais importante.
O tratamento da dor aguda é imperativo para a melhoria do conforto e qualidade de vida do animal, para a melhoria da função e das aptidões motoras do animal e ainda para a prevenção de um desenvolvimento de uma memória de dor.
No que se refere à dor crónica e oncológica, procura-se obter os mesmos benefícios, no entanto, é nestas condições que se equaciona muitas vezes a qualidade de vida, pelo que uma inadequada gestão da dor pode, em casos extremos, representar a diferença entre a vida e a morte.
No que se refere à estratégia de tratamento da dor, sabe-se que a terapia multimodal, isto é, a terapia que assenta na utilização de várias modalidades terapêuticas, é a estratégia que melhor resultados apresenta já que permite balizar as diferentes etapas dos mecanismos fisiopatológicas envolvidos na dor. Fazem parte da terapia multimodal:
No Centro de Diagnóstico e Tratamento da Dor estamos vocacionados para implementar e terapia que melhor se enquadra na gestão de dor do seu animal.
No Centro de Reabilitação Oliveiras prestamos serviços no âmbito da medicina física e reabilitação em vários regimes:
Das mais variadas terapêuticas que disponibilizamos no centro de Reabilitação Oliveiras, destacamos.
A Acupunctura Médica Contemporânea é uma modalidade terapêutica baseada em princípios anatómicos e neuro-fisiológicos cientificamente comprovados e que partilha com a Acupunctura Tradicional Chinesa o princípio da utilização de agulhas.
A selecção dos locais de punctura requer um exame físico geral, neurológico ortopédico e músculo-esquelético detalhados com vista à localização da lesão e à identificação de locais onde existem manifestações de pontos gatilho e bandas de tensão.
› Reabilitação neurológica
incluindo o maneio da bexiga neurogénica e incontinência urinária)
› Controlo da dor aguda e crónica
modalidade muito útil no maneio da dor muscular e osteoarticular)
› Tratamento de pontos gatilho musculares
› Relaxamento e fortalecimento muscular
› Estímulo à cicatrização
entre muitos outros.
A hidroterapia é uma modalidade terapêutica com múltiplas indicações terapêuticas, trazendo benefícios amplamente reconhecidos no âmbito da reabilitação muscular, osteoarticular, neurológica e cárdio respiratória.
As propriedades físicas da água como sejam por exemplo a flutuabilidade e a pressão hidrostática, fazem da terapia subaquática uma importante ferramenta na promoção da mobilidade e bem estar geral. A redução do peso do animal dentro de água promove um exercício ativo livre de dor, enquanto estimula a redução de edemas e inflamação dos tecidos, tornando esta modalidade terapêutica Underwater Treadmill uma abordagem de eleição para a maioria dos animais em reabilitação física.
Na Clínica Veterinária das Oliveiras possuímos um equipamento único no país que permite a marcha subaquática de cães e gatos.
As características técnicas deste equipamento, permitem-nos ter um total controlo sobre os parâmetros terapêuticos como sejam a temperatura da água, o nível da água, a velocidade de andamento, o declive da plataforma e ainda a velocidade de fluxo contra corrente.
Reabilitação neurológica
Patologias discais, mielopatia degenerativa, síndrome de cauda equina, traumatismo medular, etc.
Reabilitação ortopédica pós cirúrgica
Reabilitação de rutura de ligamento cruzado; prevenção e recuperação de atrofia muscular após imobilização prolongada.
Maneio conservativo de osteoartrite
Displasia da anca, displasia do cotovelo.
Programas de emagrecimento para animais com obesidade
Planos de condicionamento muscular e cárdio respiratório para animais de aptidão desportiva
Quiroprática é filosofia, uma ciência e uma arte…
Uma Filosofia porque a Quiroprática fundamenta os seus princípios na premissa fundamental de que todo o organismo vivo tem uma capacidade inata e uma energia vital para se regenerar e que essa mesma capacidade depende da saúde e vitalidade do sistema nervoso, nomeadamente da espinal medula. A Quiroprática Animal deve ser praticada numa filosofia de respeito pela vida e bem estar animal.
Uma Ciência porque está fundamentada por princípios neuro-anatómicos e fisiológicos, concentrando a sua atenção na coluna vertebral, a qual encerra no seu interior a espinal medula – porção do sistema nervoso central que veicula informação entre o cérebro e sistemas orgânicos (tal como sistema endócrino, imunológico, cardiovascular, digestivo, reprodutor, etc). A Quiroprática permite assim identificar e corrigir subluxações vertebrais (que não são mais do que perturbações biomecânicas que promovem diminuição ou ausência de movimento entre duas vértebras), as quais podem ocorrer em sequência de um trauma, má postura, disfunção orgânica, claudicação, nascimento, etc.
De uma subluxação vertebral resulta compressão medular e raízes nervosas, um fenómeno que impede a correcta comunicação dos impulsos nervosos e que culmina em sinais que podem ir desde alterações na percepção dolorosa (alodinia, hiperestesia), formigueiro, espasmo e contractura muscular, baixo rendimento desportivo, dificuldade em andar e saltar, tremores e fadiga muscular, degeneração neuronal avançada, etc.
As correcções ou ajustes são movimentos de curta amplitude e de grande velocidade, aplicadas sobre uma unidade vertebral bloqueada sob uma orientação muito específica. A especificidade e sensibilidade com que cada ajuste é realizado faz da Quiroprática uma arte manual de grande precisão.
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